É interessante quando paramos para analisar tudo o que aconteceu conosco durante a nossa vida. Desde pequenos passamos por cada situação! Algumas muito engraçadas e outras nem tanto. Mas, de certa forma, mesmo com toda a nossa hiperatividade infantil parece que somos protegidos o tempo inteiro - não falo de nossos pais – por Algo maior que não sabemos explicar, que muitos chamam de “anjo da guarda”. A maioria das crianças acredita nisso, vêem como uma coisa legal e, diferente dos adultos, vai além de superstição. E se for verdade que Deus manda anjos para cuidarem de nós? A palavra de Deus é bem clara: “Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos.” – Salmos 91:11
O tempo vai passando e tomamos nossos rumos. Crescemos e vamos descobrindo que o mundo não é igual ao que estávamos acostumados quando crianças. As pessoas nos tratam de forma diferente, são mais rígidas e cobram responsabilidade, não gostam muito de brincar nem esperar, se ocupam bastante em suas profissões. Vivem todos os dias como se estivessem em um mar revolto em meio a uma tempestade. Telefones tocando, reuniões, compromissos, trabalho e trabalho e mais trabalho, no final do dia o único tempo que resta é apenas para descansar um pouco para enfrentar o dia seguinte. Nesse ritmo as pessoas têm vivido seus dias fazendo inúmeras coisas, mesmo insatisfeitas com isso e às vezes até infelizes.
Agora, vou lhes contar uma situação que Jesus viveu que se parece muito com a nossa realidade hoje em dia. “Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado, onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe a palavra. Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: "Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude!” Respondeu o Senhor: - Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” – Lucas 10:38-42. Assim como Marta, muitos têm vivido preocupados e inquietos com muitas coisas e, às vezes, se sentindo incomodados com alguém que não está misturado no meio da correria do dia-a-dia. Achamos que todos têm obrigação de estarem ocupados com alguma coisa e por causa disso, por andarmos ocupados demais é que não temos tempo para parar e perceber que Deus tem cuidado de nós e não escolhemos a boa parte. Angustiamos nossos corações com preocupações, anseios e receios; e no mar agitado com o vento soprando e nosso barco balançando, esquecemos que Jesus está ali no barco conosco e que Ele tem poder para acalmar a tempestade na nossa vida; Ele é o Emanuel, o “Deus Conosco”.
Todos vão crescendo, alguns continuamos hiperativos, outros ficam mais calminhos. Mas uma coisa em comum acontece quando crescemos: deixamos de olhar o mundo com os olhos de uma criança. Totalmente normal, afinal, não somos mais crianças. O que era tudo diversão agora é só uma coisa sem graça, as brincadeiras nos tiram a paciência; e, às vezes, as coisas não dão certo. Chegamos á conclusão que aquela história de anjo protetor era só balela para nos enganar. Na verdade, o que acontece é resultado das escolhas que fazemos e da oportunidade que Deus nos dá de escolhermos o que queremos seguir. Precisamos deixar de ser criança e crescer - espiritualmente – para que nossos olhos sejam abertos e vejamos tudo claramente, escolher a boa parte e dispor tempo para Deus e seus propósitos.
"Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus."
1 Coríntios 13:11-12.
